De verdade, acho que sou ainda muito romântica para encarar qualquer cotidiano. Adoro segundas de vinhos e caldos. Amo as terças sob os pelinhos da coberta, e também do seu corpo. E não abro mão da palavra namoro. Este que se faz de entrelaçamento e encantamento. De sexo ousado e do amor de sonhos. Não me diga que os dias comuns são cinzas como o céu de hoje que encobre o sol dos nossos sonhos. E mais ainda não me diga que casamento são para esses dias...
Casamento é para que o céu cinza não tenha espaço para nossos olhos. Casamento é para amar para sempre, “ainda que sempre seja sempre por um triz”, ainda que sempre seja um dia de cada vez... Casamento é para sonhar vivendo na pele os sonhos de cada dia, emendar no coração os retalhos da vida e viver sem frio... Esquentar o coração, a nuca e o colchão...
E se for verdadeiro pode nos causar medo. Medo do “triz” e da chuva... e do partir...
E essa morada agora? "Nosso teto todo nosso"? Além de ser muitos cifrões nas nossas vidas, significa o que? O porto seguro, o ninho de amor, a tarde sem preocupações, o sol raiando e aquecendo a delícia do amor, das pernas entrelaçados, dos pés com pés, da página do livro? O que é para nós dois nossa casinha: uma poesia uma trova uma rima?
Amo-te, meu amor, enamorada por um casamento que desejo ser de sonhos e sois , casada com a ideia de uma vida de muitas segundas e um único amor!
Um suspiro do meu coração para você!