Quem não se move, não sente as correntes que o prendem. (Rosa Luxemburgo).

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Sobre o olhar medusiano


Preciso dizer uma coisa sobre a qual meus olhos não querem ser vistos, porque o olhar pode ser tão mais poderoso que as palavras.....

É sobre esse olhar que quero dizer. Um olhar medusiano que fulmina meu coração logo na primeira hora de um dia chuvoso do primeiro dia de uma longa e laboriosa semana. Vontade de voltar para trás, de chorar alto, de acabar sem começar...

Por que tamanho desamor por minutos que não nos pertence? Por que trazer a ditadura e a disciplina odiosa do labor para o amor? Por que tanta corrida e tantas dores pelos músculos se não se podemos despertar a manhã com o principal deles? O sorriso, penso, deve ser o exercício do coração...

E para que panturrilhas alienadas e desamadas??

Assim, meu amor refugia-se, a cada manhã dessas, num canto qualquer do meu mais nobre músculo, e o faz para que não seja roubado por um passante qualquer ou para que não seja entristecido pelo seu ser amado.
Não se vence a vida estando só.  Não se vence a vida minando a própria vida.
A delícia do fim de semana se esvai nas águas que meus olhos não choraram hoje...  

terça-feira, 12 de junho de 2012

Porque demorei tanto tempo para voltar a escrever?

Que tempo é esse é uma poesia que fiz em 2005 , e não tinha nome até hoje dia 12 de Junho. Mas inspirada pela dinâmica louca da vida, achei por bem colocar: "Que tempo É esse?"
Porque estamos sempre a nos perguntar o que fazemos com nossos dias, nossas horas, nossos minutinhos. Correndo atrás do dinheiro para pagar o sonho da casa própria, encontrando um tempo entre uma aula e outra para acompanhar os filhos, chorando por não poder estar mais tempo com eles, passando um perfume e pondo uma flor no cabelo para encontrar o amor... Que tempo É esse? Eterno tempo de tecer a teia das paixões!!!! É assim que vou vivendo.
Desculpe-me, se é que alguém vai ler isso, por ter passado tanto tempo longe. Tempo, tempo, tempo... assim vamos vivendo. Correndo atrás do tempo.
Um abraço carinhoso,
Alê

Que tempo é esse?


Poesia sem nome
Mas e aí?
Há quanto tempo não passam linhas nada tortuosas pelo meu pensamento...
Há quanto tempo meu corpo não se alinha ao ninho...
Há quanto tempo as palavras estão aqui a espera de um caminho...
E que caminho é esse,
Que não sei caminhar?
Que felicidade é essa,
Que não sei apreciar?
Que amor é esse,
Que me faz chorar?
Que tempo é esse
Que não nos deixa sonhar?
Ou melhor....
Que não nos deixa compreender
Que os sonhos são teias
São teias tecidas com as esperanças
Com as mãos e o Coração,
Com o amor
E com essa paixão,
Que creio,
Até aqui,
Não foi em vão!
Esse é o tempo a tecer meu coração!!