Quem não se move, não sente as correntes que o prendem. (Rosa Luxemburgo).

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Olá, quanto tempo?

Olá
Sei que estou há tempos sem escrever... Agruras da vida!!!
Achei uma música nova da Vanessa da Mata, Te amo. Veja o link, é uma delícia!
Beijos, até mais!
Alê

Segunda de vinho e caldos

De verdade, acho que sou ainda muito romântica para encarar qualquer cotidiano. Adoro segundas de vinhos e caldos. Amo as terças sob os pelinhos da coberta, e também do seu corpo. E não abro mão da palavra namoro. Este que se faz de entrelaçamento e encantamento. De sexo ousado e do amor de sonhos. Não me diga que os dias comuns são cinzas como o céu de hoje que encobre o sol dos nossos sonhos. E mais ainda não me diga que casamento são para esses dias...
Casamento é para que o céu cinza não tenha espaço para nossos olhos. Casamento é para amar para sempre, “ainda que sempre seja sempre por um triz”, ainda que sempre seja um dia de cada vez... Casamento é para sonhar vivendo na pele os sonhos de cada dia, emendar no coração os retalhos da vida e viver sem frio... Esquentar o coração, a nuca e o colchão...
E se for verdadeiro pode nos causar medo. Medo do “triz” e da chuva... e do partir...
E essa morada agora? "Nosso teto todo nosso"? Além de ser muitos cifrões nas nossas vidas, significa o que? O porto seguro, o ninho de amor, a tarde sem preocupações, o sol raiando e aquecendo a delícia do amor, das pernas entrelaçados, dos pés com pés, da página do livro? O que é para nós dois nossa casinha: uma poesia uma trova uma rima?
Amo-te, meu amor, enamorada por um casamento que desejo ser de sonhos e sois , casada com a ideia de uma vida de muitas segundas e  um único amor!
Um suspiro do meu coração para você!

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Absurdo do ano: “Como é que bota na selva amazônica centenas de homens sem mulher? Era preciso ter bordéis nos canteiros de obras.”

Paulinho da Força e a prostituição para acabar com a greve

Deputado-sindicalista legitima a barbárie e autoriza os homens a tratarem as mulheres como mercadoria


Secretaria Nacional de Mulheres do PSTU
 


“Como é que bota na selva amazônica centenas de homens sem mulher? Era preciso ter bordéis nos canteiros de obras.”

A fala acima não é do deputado Jair Bolsonaro, que esteve em destaque nos últimos dias por motivos semelhantes. É de um (suposto) sindicalista. O presidente da Força Sindical e deputado federal pelo PDT, Paulinho Pereira, foi quem proferiu essa barbaridade. Ele disse isso numa reunião convocada pelo governo para discutir as greves nos canteiros de obras.

Em primeiro lugar, é preciso esclarecer ao deputado governista que mulher não é auxílio trabalhista. Depois, é preciso lembrar à Força Sindical e a ele – que já não lembram mais como é ser trabalhador – que os operários precisam de salário e condições dignas de trabalho.

Porém o mais importante é rechaçar veementemente a sua violência contra as mulheres. Paulinho Pereira agrediu moralmente cada mulher brasileira, prostitutas e não prostitutas. Se existe prostituição, não é porque as mulheres querem se prostituir. É porque vivemos numa sociedade que coloca as mulheres na miséria, que as faz receber salários humilhantes e as obriga a suportar duplas e triplas jornadas.

Nunca o dilema “socialismo ou barbárie” se mostrou tão correto. Às vezes, parece que já estamos na barbárie. Mulheres frutas; mulheres espancadas, torturadas e assassinadas – uma agressão a cada três minutos; crianças se prostituindo, vendidas pela própria família; mulheres vendendo o próprio corpo por R$ 1,99; assim é o capitalismo.

Ao fazer este tipo de defesa, o deputado-sindicalista legitima a barbárie. É uma espécie de autorização para os homens continuarem tratando as mulheres como objetos que podem ser comprados e usados de acordo com a vontade de seu “dono”.

Atnágoras Lopes, dirigente do PSTU e sindicalista da CSP-Conlutas, estava na reunião e presenciou o absurdo. Para ele, associar o movimento “a uma abstinência sexual e, nesse sentido, colocar a mulher como objeto de consumo, é mais que um desrespeito, é um crime, uma violência contra as mulheres.

Essa é a cara da Força Sindical. Essa central e Paulinho não representam os trabalhadores e, muito menos, as trabalhadoras brasileiras. É por essas e outras que o machismo e a violência contra a mulher se perpetuam. Paulinho merece todo o repúdio de todas as mulheres e trabalhadores desse país.



Se você também se revoltou com a declaração de Paulinho, envie este texto (ou sua própria moção de repúdio) para:

Gabinete do deputado Paulinho Pereira

dep.paulopereiradasilva@camara.gov.br

Câmara dos Deputados
ouvidoria@camara.gov.br

Secretaria de Políticas para as Mulheres – Governo Federal
spmulheres@spmulheres.gov.br

Força Sindical
pres@fsindical.org.br

Secretaria Nacional de Mulheres do PSTU
mulherespstu@yahoo.com.br

segunda-feira, 28 de março de 2011

Fogueiras simbólicas

Acabei de descobrir, ou redescobrir, que nesse mundo as mulheres caminham sozinhas. Com suas pernas e seus corações à margem do comportamento masculino. Tento, mas não consigo, ser o máximo possível feminista-não-radical. Forço-me intelectualmente para compreender a origem da opressão como nos ensinou a teoria engeliana. Mas os homens insistem em não nos deixar escolhas e acabamos virando nossas armas contra seus símbolos fálicos! Já senti, em muitos momentos, a dor de não ser desejada, a alegria da conquista e por fim a paixão do reencontrar-nos outra vez. Lembro-me de um dia alguém com quem eu havia dormido dizer logo pela manhã, enquanto caminhávamos pelas ruas de uma cidade incerta :   -     Ainda é "cedo" para darmos as mãos, bradava ele do alto da "soberba" masculina.
Quantas bobagens você descobre quando chega a conclusão que a mentira é a marca do desamor...
Nem Sabrinas e nem Julias (as revistas) saberiam desvendar a insensatez, o egoísmo e as máscaras que os homens carregam no seu rosto e no seu coração. Quantas gerações levaremos, nós mulheres, até que consigamos compreender que podemos caminhar com nossas próprias emoções, desalentos e desilusões? Quanto tempo levaremos para entender que sempre será cedo demais para dar as mãos a um único homem?
Que os deuses gregos das sabrinas fiquem no porão dos arquivos, esses sim mereceriam ficar trancados por cem anos! Que nossos corações se libertem da necessidade desse amor alienado.
Há tempos nos diziam as feministas socialistas que nosso problema era a dependência financeira. Hoje, já conquistamos o mercado de trabalho, agora trata-se de queimar as fogueiras simbólicas e refabricarmos as nossas subjetividades. Pois se não é no cotidiano que recriamos a nós mesmas? Pois então, que caiam os falos, os falos inculcados nas nossas cabeças!!Sejamos livres, absolutamente livres!!

uma música para salvar o dia: e dentro da menina, ainda dança

uma música para salvar o dia: e dentro da menina, ainda dança: "em homenagem ao samba mais fino e comemorativo dos últimos tempos. e àquele(a)s que se acabaram de tanto dançar, cantar, sorrir!!!!!!" Chico Buarque e MArtinalha!!! Maravilhosos!!!!!

quarta-feira, 16 de março de 2011

Diário

Hoje é dia 18 de fevereiro de 2010. Estou num espaço chamado "nosso escritório". São livros,  textos, CD's, filmes e memórias tantas acumuladas nesses longos caminhos vividos. Lembro-me muito de Wirginia Wolf e seu texto "Um teto todo seu"...
Lembrei-me de tantas outras grandes escritoras que, na ponta de sua pena, eternizaram histórias de loucura, solidão e histeria tão reais que vivemos nós mulheres.
Uma solidão implacável de saber-nos mulher. Solidão que se arrasta da pele ao peito, do coração à consciência... Pois hoje, mundo líquido e passageiro, parece que se foi o espaço para o compartilhar a vida, o eu, o medo, a esperança.
Eu acredito numa construção tão dialética e ideológica que chega a ser real. De utopias vivem as "devassas"... Mas sob as circunstâncias podres dessa sociedade, não há nenhum homem - para mim que sou heterossexual - capaz de compreender  a exatidão dessa ideia. Quem sabe encontremos um deles que aceite tentar, quem sabe?
Seguindo o passo largo da humanidade, sinto meu amor vilipendiado. Às mulheres nos foi negado o direito ao amor verdadeiro, desalienado estão todos os sentimentos humanos, porque antes nos foi usurpado o direito ao respeito, à dignidade e a sinceridade. Com belos nomes, as Ninfas foram paras nos bordéis! Pois, em nome da moral, mancharam nossa pele e nossa história com odiosas nomenclaturas das doenças mentais . E foram as Joanas, as Ofélias, as Wirgínias, as Rosas, Alexandras, Luizas e Chiquinhas que ousaram despir-se e virar os ombros aos senhores fálicos desse mundo.
Hoje, adora meus furinhos na perna e esses pequenos sinais que já aparecem na face vivida. São a expressão de alguém que embora não tenha sido ninguém, foi mais forte e honesta que outros tantos.
Pelo direito à vida
Ao pão 
Ao chão
E ao Amor sem F...
... de Fálico! 

terça-feira, 8 de março de 2011

Movimento Mulheres em Luta: 08 de março: Dia internacional da mulher

08 de março: Dia internacional da mulher


Em 1910, a socialista alemã Clara Zetkin propôs na 2ª Conferência Internacional das Mulheres Socialistas a criação do Dia Internacional da Mulher, em homenagem às 129 operárias da fábrica Cotton (EUA) assassinadas por reivindicar direitos, em 1857. A data ganhou importância em todo o mundo principalmente após o dia 8 de março de 1917, quando as trabalhadoras russas saíram às ruas e precipitaram as ações da revolução socialista.

Somos mulheres em Luta :contra o machismo e a exploração;em defesa da mulher trabalhadora!

No mês de março nós mulheres trabalhadoras estamos nas ruas, nas escolas, nas fábricas lutando contra o machismo e a exploração capitalista que atinge de forma mais cruel ás mulheres trabalhadoras.

Nossa luta é todo dia.Em 2011, pela primeira vez na história do Brasil, uma mulher assumiu a presidência do país. Junto com ela, o maior número de ministras mulheres. Isso não é um fato menor no maior país católico do mundo, onde a cada duas horas a violência machista mata uma mulher. Um país em que elas são a maioria da população, estudam em média mais que os homens, mas ainda ocupam as profissões menos remuneradas e chegam a ganhar até 30% menos para fazer o mesmo trabalho.
Ao assumir o governo, Dilma garantiu aos seus pares um aumento significativo nos salários (62%), inclusive ao dela (132%). Enquanto isso, o salário mínimo teve aumento de apenas R$ 35. Um ataque direto às mulheres, que dentre os que recebem o mínimo representam 53%.
É preciso que sigamos, enquanto mulheres e trabalhadoras, reafirmando a necessidade de que nossas bandeiras feministas históricas seguem sendo nosso combustível para organização e luta das mulheres. Este novo governo nada de novo representa para as mulheres trabalhadoras.Já na campanha eleitoral representou um retrocesso em relação à uma reivindicação histórica das mulheres que é a legalização do aborto. Nossa luta pela libertação das mulheres segue e só poderá ser vitoriosa com o fim desse sistema de opressão e exploração em que vivemos.Não basta ser mulher para fazer avançar os direitos das trabalhadoras, é preciso ser classista e feminista.
Por isso, nossa luta precisa seguir e se fortalecer, nesse dia internacional das mulheres e em todos os dias de nossas vidas.
Construiremos atos unitários por todo país, em base á um programa antigovernista , que exija o reajuste imediato do salário mínimo para as mulheres e homens da classe trabalhadora, igual ao dos deputados,o direito às creches e licença maternidade ampliada, que exija a legalização do aborto já e o fim da violência.

Aumento de 62% do salário mínimo, o mesmo dos deputados!Pelo piso do Dieese;

Anticoncepcionais para não abortar. Aborto legal, seguro e gratuito para não morrer!

Direito à maternidade: a) licença-maternidade de 6 meses para todas as trabalhadoras e estudantes, rumo a 1 ano; b) creche gratuitas e em período integral para todos os filhos da classe trabalhadora;

Pelo fim da violência contra a mulher! Aplicação e ampliação da Lei Maria da Penha! Construção de Casas-abrigo! Punição aos agressores!

Pelo fim da ocupação militar no Haiti. Fora as tropas brasileiras!

Solidariedade e apoio às revoluções árabes.

Ato em São Paulo:


12 de março


Concentração:09h, em frente à Igreja da Consolação, altura do n 605


Centro São paulo

quinta-feira, 3 de março de 2011

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Kadafi usa estupro como arma de guerra

Enquanto Kadafi usa métodos horrendos, como mandar os soldados estuprarem mulheres revolucionárias, a juventude mostra que não é preciso mais que um celular para derrubar sua ditadura. Pela liberdade no mundo fora Kadafi!!!!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Amor em Asas

Amor em Asas (para minha querida)
Fevereiro 2011

Voou entre dois horizontes
Alcançou meus dedos
Estalou meu peito
Pousou sem ter medo

Mariposa, no azul do tango
Mariposa, em seus passos ciganos
Mariposa, em sua mania de cama
Prenda-me em tua seda, Mariposa

Já vesti teu perfume
senti cheiro de saudade
Já sonhei o dia inteiro
acordei quase enfermo

Mariposa, no azul do tango
Mariposa, em seus passos ciganos
Mariposa, em sua mania de cama
Prenda-me em tua seda, Mariposa

Não se esqueça
que viagens nos marcam
que vôos quase nos matam
Mas nosso amor livre
é o reduto de nossas borboletas
nossos sonhos e nossas tristezas
Não parta sem mim
Nesta milonga sigo até o fim

Mariposa, no azul do tango
Mariposa, em seus passos ciganos
Mariposa, em sua mania de cama
Prenda-me em tua seda, Mariposa


PS: Este foi um lindo poema do grande amor, para mim!Mais que para mim, uma linda poesia é para o mundo. Para eternizar nele o Amor!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

A Mulher Balzaquiana

MÁRIO PRATA

As mulheres de 30

O que mais as espanta é que, de repente, elas percebem que já são balzaquianas. Mas poucas balzacas leram A Mulher de Trinta, de Honoré de Balzac, escrito há mais de 150 anos. Olhe o que ele diz:
'Uma mulher de trinta anos tem atrativos irresistíveis. A mulher jovem tem muitas ilusões, muita inexperiência. Uma nos instrui, a outra quer tudo aprender e acredita ter dito tudo despindo o vestido. (...) Entre elas duas há a distância incomensurável que vai do previsto ao imprevisto, da força à fraqueza. A mulher de trinta anos satisfaz tudo, e a jovem, sob pena de não sê-lo, nada pode satisfazer'.

Madame Bovary, outra francesa trintona, era tão maravilhosa que seu criador chegou a dizer diante dos tribunais: 'Madame Bovary c'est moi'. E a Marilyn Monroe, que fez tudo aquilo entre 30 e 40?

Mas voltemos a nossa mulher de 30, a brasileira-tropicana, aquela que podemos encontrar na frente das escolas pegando os filhos ou num balcão de bar bebendo um chope sozinha. Sim, a mulher de 30 bebe. A mulher de 30 é morena. Quando resolve fazer a besteira de tingir os cabelos de amarelo-hebe passa, automaticamente, a ter 40. E o que mais encanta nas de 30 é que parece que nunca vão perder aquele jeitinho que trouxeram dos 20. Mas, para isso, como elas se preocupam com a barriguinha!

A mulher de 30 está para se separar. Ou já se separou. São raras as mulheres que passam por esta faixa sem terminar um casamento. Em compensação, ainda antes dos 40 elas arrumam o segundo e definitivo.
A grande maioria tem dois filhos. Geralmente um casal. As que ainda não tiveram filhos se tornam um perigo, quando estão ali pelos 35. Periga pegarem o primeiro quarentão que encontrarem pela frente. Elas querem casar.

Elas talvez não saibam, mas são as mais bonitas das mulheres. Acho até que a idade mínima para concurso de miss deveria ser 30 anos. Desfilam como gazelas, embora eu nunca tenha visto uma (gazela). Sorriem e nos olham com uns olhos claros. Já notou que elas têm olhos claros? E as que usam uns cabelos longos e ondulados e ficam a todo momento jogando as melenas para trás? É de matar.

O problema com esta faixa de idade é achar uma que não esteja terminando alguma tese ou TCC. E eu pergunto: existe algo mais excitante do que uma médica de 32 anos, toda de branco, com o estetoscópio balançando no decote de seu jaleco diante daqueles hirtos seios? E mulher de 30 guiando jipe? Covardia.

A mulher de 30 ainda não fez plástica. Não precisa. Está com tudo em cima. Ela, ao contrário das de 20, nunca ficou. Quando resolve, vai pra valer. Faz sexo como se fosse a última vez. A mulher de 30 morde, grita, sua como ninguém. Não finge. Mata o homem, tenha ele 20 ou 50. E o hálito, então? É fresco. E os pelinhos nas costas, lá pra baixo, que mais parecem pele de pêssego, como diria o Machado se referindo a Helena, que, infelizmente, nunca chegou aos 30?

Mas o que mais me encanta nas mulheres de 30 é a independência. Moram sozinhas e suas casas têm ainda um frescor das de 20 e a maturidade das de 40. Adoram flores e um cachorrinho pequeno. Curtem janelas abertas. Elas sabem escolher um travesseiro. E amam quem querem, à hora que querem e onde querem. E o mais importante: do jeito que desejam.

São fortes as mulheres de 30. E não têm pressa pra nada. Sabem aonde vão chegar. E sempre chegam.

Chegam lá atrás, no Balzac: 'A mulher de 30 anos satisfaz tudo'.

Ponto. Pra elas.
http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,,EPT670368-2813,00.html

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Estou voltando

Estou voltando... Uma ano cheio de histórias e emoções. Muitas heroínas, muitas vitórias.
Aguardemos mais um pouco.