Quem não se move, não sente as correntes que o prendem. (Rosa Luxemburgo).

terça-feira, 3 de novembro de 2015

O que as pessoas não entenderam com a questão da Simone de Beauvoir foi a pergunta. Claro, o excerto famoso por expressar a construção do ser mulher foi o grande, e mal entendido, debate desses últimos dias. Quanto analfabetismo político de Gentilis, Bolsonaros, Felicianos e vereadores campineiros....
No entanto, a pergunta era sobre o que o Movimento Feminista fazia nos anos 60. E a resposta era:

As mulheres IAM para RUA por DIREITOS!!!!!!!!

E o mais bonito nesses últimos dias não foi a prova do ENEM. Embora ela tenha sido fundamental para recolocar a pauta do feminismo na ordem do dia.

O mais brilhante, espetacular foi a luta aguerrida das mulheres nas ruas!!!Quão emocionante foi ver a Cinelândia pintada de lilás, vermelho, arco-íris!!!!

OU seja, colocamos o ENEM nas ruas!!!

 Trouxemos a herança das grandes feministas do século XX para o XXI e inundamos a rua com nossa energia, nossa garra, nossa luta. A mesma com a qual saímos todos os dias de casa e labutamos o "pão nosso de cada dia". 
Foi nas ruas que conquistamos ao longo dessas décadas todas cada um dos parcos direitos que temos. Foi lá, no meio da múltidão, com cartazes nas mãos e esperança no coração, que conquistamos cada pequena transformação cultural.

 E da Rua não sairemos enquanto os inimigos da igualdade e da liberdade estiverem de plantão.
Vamos montar Coletivos Feministas em todo canto desse país. Vamos estudar, aprender a combater o machismo e o fascismo, pois são primos de primeiro grau. Vamos fazer um jornal feminista, uma festa antimachista. Vamosss!!! Vamos lutar junto com cada mulher trabalhadora, estudante. Vamos fazer poesia, nos emanar nas greves de todo dia!! Vamos nos fortalecer porque os tempos pedem UNIÃO. Os tempos pedem ALIADOS, reunidas como num batalhão!!!!!

Que lindo foi viver esses pós ENEM. Valeu MEC. Gol de placa. Mas o troféu mesmo, é de Nós Mulheres!!!!



terça-feira, 27 de outubro de 2015

Redação do ENEM: uma disputa sobre o queê



Lições da semana:

1- Está na sociedade: vai aparecer nas provas de vestibular.

2- Os embates político ideológicos existem para além dessas fronteiras virtuais: ela está no ESTADO também


O Congresso Nacional retrocedeu em políticas de combate à violência contra a mulher. Estuprador "dar nome ao filho", é demais, não é? Proibir pílula do dia seguinte? É muito controle sobre o corpo da mulher. Isso tudo enquanto a violência só aumenta, inclusive a violência institucional...


Mas o MEC, o INEP, o Ministério da educação e , portanto, o Poder Executivo mostraram que o Projeto de Nação ainda está em disputa: A Redação pautou a persistência da violência contra a mulher enchendo as páginas da prova de dados reais e incontestáveis. Pautou na prova, nos jornais, nas redes sociais.


Lição::: O Estado Brasileiro é uma ARENA de disputas político-ideológicas sim!!


Foi O Congresso conservador e reacionário de CUNHA contra o Ministério da educação que a época da elaboração da prova deveria estar sendo chefiado por ninguém menos que o Filósofo Renato Janine Ribeiro, fazendo um gol de placa na DEFESA da democracia, da cidadania e dos direitos humanos.

Enquanto Cunha, Feliciano e uma rapa de conservadores se esforçam para controlar os corpos das mulheres, muitos outros combatem a violência nossa de cada dia. Aliás, esse tipo de violência do Congresso Nacional se classifica como violência institucional e poderia ter sido citado na redação.

Se a luta contra TODAS AS FORMAS DE VIOLÊNCIA passa por um combate ideológico, como o que vemos na sociedade hoje, em TODAS as esferas da nossa vida social e política, então vamos ao combate.

Só não podemos esquecer de outra boa lição de Antonio Gramsci: cada canto da sociedade e de suas instituições são uma trincheira de batalha na guerra por um mundo mais humanos e sem opressão. E cada homem e mulher pode se somar a essa luta.

Fica para um próximo post discutir qual é a melhor forma de fazer esse combate!!!!!!!!! Mas que ele existe, existe sim!!!!