Quem não se move, não sente as correntes que o prendem. (Rosa Luxemburgo).

segunda-feira, 28 de março de 2011

Fogueiras simbólicas

Acabei de descobrir, ou redescobrir, que nesse mundo as mulheres caminham sozinhas. Com suas pernas e seus corações à margem do comportamento masculino. Tento, mas não consigo, ser o máximo possível feminista-não-radical. Forço-me intelectualmente para compreender a origem da opressão como nos ensinou a teoria engeliana. Mas os homens insistem em não nos deixar escolhas e acabamos virando nossas armas contra seus símbolos fálicos! Já senti, em muitos momentos, a dor de não ser desejada, a alegria da conquista e por fim a paixão do reencontrar-nos outra vez. Lembro-me de um dia alguém com quem eu havia dormido dizer logo pela manhã, enquanto caminhávamos pelas ruas de uma cidade incerta :   -     Ainda é "cedo" para darmos as mãos, bradava ele do alto da "soberba" masculina.
Quantas bobagens você descobre quando chega a conclusão que a mentira é a marca do desamor...
Nem Sabrinas e nem Julias (as revistas) saberiam desvendar a insensatez, o egoísmo e as máscaras que os homens carregam no seu rosto e no seu coração. Quantas gerações levaremos, nós mulheres, até que consigamos compreender que podemos caminhar com nossas próprias emoções, desalentos e desilusões? Quanto tempo levaremos para entender que sempre será cedo demais para dar as mãos a um único homem?
Que os deuses gregos das sabrinas fiquem no porão dos arquivos, esses sim mereceriam ficar trancados por cem anos! Que nossos corações se libertem da necessidade desse amor alienado.
Há tempos nos diziam as feministas socialistas que nosso problema era a dependência financeira. Hoje, já conquistamos o mercado de trabalho, agora trata-se de queimar as fogueiras simbólicas e refabricarmos as nossas subjetividades. Pois se não é no cotidiano que recriamos a nós mesmas? Pois então, que caiam os falos, os falos inculcados nas nossas cabeças!!Sejamos livres, absolutamente livres!!

uma música para salvar o dia: e dentro da menina, ainda dança

uma música para salvar o dia: e dentro da menina, ainda dança: "em homenagem ao samba mais fino e comemorativo dos últimos tempos. e àquele(a)s que se acabaram de tanto dançar, cantar, sorrir!!!!!!" Chico Buarque e MArtinalha!!! Maravilhosos!!!!!