Quem não se move, não sente as correntes que o prendem. (Rosa Luxemburgo).

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Desafogo

Pensei nesse blog para trocar sal e segredos. Necessidades e confissões. Encontrar-me e encontrar outras pessoas...
Mas hoje escrevo essencialmente para mim mesma, tentando resolver as contradições dialéticas dessa existência bruta.
Quero, desesperadamente, estar comigo!
Algo tão difícil como estar com várias pessoas ao mesmo tempo. Será porque não sou uma, mas tantas????
Ou porque talvez, sequer posso compreender uma de mim?
Subjetivo demais para quem tem que falar da história do mundo em algumas pouquissimas horas, o que precisa ser mais concreto que concreto. Essa sou eu durante todo o dia: mensageira da história da humanidade, da história feita pelos heróis, pelos donos e senhores do mundo.
Mas onde estava o povo, principalmente sua parte feminina, quando Otto Von Bismarck foi nomeado chancelar da Prussia?? Por que ninguém fala da declaração dos direitos das mulheres escrita por mulheres durante a Revolução Francesa, em resposta a tão dita Declaração universal do direitos do HOMEM e do cidadão (que por sinal negou o direito de voto às mulheres)???Perguntas que eu gostaria de responder, mas que os livros ainda não escreveram!!!!!
Estar comigo, portanto, é viver essa parte invisível da história... e eu, assim como tantos, continuo habituada a contar só as histórias dos grandes...Será que estou fadada a estar sempre só nessa jornada?
Fecho a noite fechando meu computador: nego-me, por hora, a continuar revisitando os grandes. Que espere o sol raiar para que eu volte a arena do leões...
A.

2 comentários:

  1. Alê... tô por aqui... :)))
    doida pra te ver semana que vem...

    bjos

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  2. Oi, Alê! =D (sou eu, a Vitória, do 3º Sudaneses, huhuhu)

    Sabe que eu estava justamente me perguntando a mesma coisa noutro dia? Aliás, noutroS diaS, pois é uma questão que vem e volta (afinal, até agora não teve resposta).

    Ninguém fala de Mary Wollstonecraft ou de Olympe de Gouges; são nomes de personagens importantes, mas totalmente negligenciadas em nossa História. Quem é que fala da marcha das mulheres durante a Revolução Francesa, que livro de História lembra de considerar a perspectiva feminina das coisas? Nós não tínhamos uma opinião (bem, não uma opinião respeitada, mas a opinião em si sempre esteve por aí), mas, caramba, nós sempre existimos!

    Ah, dá pra notar que eu me exalto quando se trata desse assunto (a discussão sobre o feminismo e o papel da mulher e etc. da aula de hoje deve ter mostrado isso...), mas, cara. Eu fico revoltada.

    Hehe. Vou terminar de escrever a síntese de história agora. E clicar naquele botãozinho escrito "seguir" ali embaixo =D

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